segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Cidade sem samba

Me impressiona que certas coisas ainda comovam. Veja o exemplo do incêndio na Cidade do Samba, que ocorre no momento em que escrevo estas linhas. Não estou aqui para julgar o sentimento das pessoas, mas por que uma família inteira morando numa calçada de rua não causa a mesma comoção? Por que doentes jogados nos corredores dos hospitais não machucam a alma? Sinceramente, não tenho a resposta, só uma opinião fraca de que vivemos num conto de fadas e não queremos sair dele.
Fui dar uma passeada pelo Facebook quando fiquei sabendo do que estava acontecendo nos barracões das escolas. Por lá, havia um movimento catártico, de pessoas dizendo que é muito triste ver as alegorias pegando fogo. Enfim, comove, mexe com a alma das pessoas algo que é meio que intangível: o desfile de uma escola de samba
Me solidarizo de verdade com aquele morador da comunidade cuja uma das alegrias é desfilar com as cores da sua escola. E também com o cara que trabalha o ano inteiro para confeccionar uma fantasia, uma alegoria. Mas não entendo o classe média, seja, alta, média, baixa ou remediada se entristecendo com algo que ele só faz parte marginalmente. Acho que podemos nos comover mais com o mundo real.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Redes sociais: estar nelas ou não?*


Temos dedicado boa parte de nossos tempos nas redes sociais. Twitter e Facebook são as campeãs de audiência. Ouço muita gente desconectada dizendo q estar nas redes sociais é bobagem e que a ferramenta não tem utilidade alguma. Não é bem assim.

Falemos do Twitter, por exemplo. Entre meus seguidores, vejo que o uso desta rede são basicamente dois: informativo e lúdico. Ou as pessoas postam links com notícias ou coisas inusitadas ou postam uma gracinha qualquer sobre algum fato da atualidade.

De fato, você pode achar que isso não tem utilidade alguma. Mas na medida que as pessoas postam coisas que estão fazendo ou situações que estão vivendo, cria-se uma rede de informações e notícias maior do que qualquer conglomerado de comunicação com milhares de jornalistas pode dar.

Experimente ir lá no campo "search" da sua página inicial no Twitter e digite o nome do seu bairro. Ou mesmo da sua rua. O resultado da busca é um mega servição q nenhum site é capaz de dar. Você pode saber se uma rua está engarrafada, ou mesmo se estão queimando um ônibus nela. Claro, no resultado vai vir muita besteira, mas aí cabe ao leitor filtrá-las adequadamente. Aliás, filtrar vale para tudo nessa vida.

Durante os ataques terroristas de traficantes em dezembro do ano passado, era possível saber incidentes logo q eles ocorriam. Ao dar uma busca por "ônibus incendiado" era possível saber onde as coisas estavam acontecendo. O que era verdade ou boato, os meios de comunicação grandes trataram de classificar para evitar o pânico. Ainda assim, as pessoas têm pouca ou nenhuma motivação para postar coisas que não estão acontecendo

Dia desses ouvi uns tiros na Tijuca, bairro onde eu moro, e fui logo ao Twitter pesquisar. Não me surpreendi ao saber quase que instantaneamente hora, local e razão.

Portanto, as redes sociais são de uma utilidade imensa e estar nelas é tão importante como ter um telefone ou e-mail.

*Esse texto foi totalmente escrito no meu smartphone, durante duas viagens no Metrô